Poeta, pintor, ficcionista e ensaísta, Fernando Gonçalves Namora nasceu em Condeixa (distrito de Coimbra) a 15 de Abril de 1919 e faleceu em Lisboa a 31 de Janeiro de 1989.
Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, exerceu clínica na sua terra natal e também na Beira Baixa, no Alentejo e em Lisboa, onde trabalhou no Instituto Português de Oncologia. Da sua experiência profissional tirou partido para escrever obras como Retalhos da Vida de um Médico e Domingo à Tarde (1961).
Estreou-se bastante cedo como poeta e manteve um notável ritmo de produção, desde os primeiros romances, de tendência neorrealista, passando pela fase em que retrata ambientes rurais, até às suas obras mais recentes, onde analisa os problemas complexos do homem civilizado. Colaborou, ainda, com várias publicações periódicas, como Sol Nascente, O Diabo, Seara Nova, Mundo Literário, Presença, Altitude, Revista de Portugal, Vértice, entre outras.
Em 1965, abandonou a medicina para se consagrar à literatura, tendo então aceitado o cargo de presidente do Instituto de Cultura Portuguesa, no âmbito do qual desenvolveu iniciativas de apoio aos leitorados portugueses e presidiu à publicação de uma coleção de iniciação à cultura: a Biblioteca Breve.
Autor de várias coletâneas de poesia, é sobretudo como ficcionista que o nome de Fernando Namora marca a literatura portuguesa contemporânea, tendo granjeado um sucesso a nível nacional e internacional.
Obras principais: Relevos, Mar de Sargaços, Terra, Marketing e Nome para Uma Casa (poesia); As Sete Partidas do Mundo, Fogo na Noite Escura, Minas de S. Francisco, A Noite e a Madrugada, O Trigo e o Joio, O Homem Disfarçado, Os Clandestinos e O Rio triste (romances); Casa da Malta (novela); Cidade Solitária e Resposta a Matilde (contos). É também autor de narrativas, memórias e biografias romanceadas: Deuses e Demónios da Medicina, Diálogo em Setembro, Os Adoradores do Sol, Estamos no Vento, A Nave de Pedra, Cavalgada Cinzenta, Sentados na Relva, URSS, Mal Amada, Bem Amada e Jornal sem Data.
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