quarta-feira, abril 18

170º aniversário do nascimento de Antero de Quental


Poeta filósofo português, Antero Tarquínio de Quental nasceu a 18 de abril de 1842, em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, Açores.
Aos dezasseis anos, inicia o curso de Direito, em Coimbra, assumindo-se como uma figura influente no meio estudantil coimbrão e tomando parte em várias manifestações académicas. É por esta altura que contacta com o socialismo utópico de Proudhon, o positivismo de Comte, o hegelianismo, o darwinismo, as doutrinas de Taine, Michelet, Renan, o romantismo social de Hugo e, segundo confessará mais tarde, perde a fé.
Publica os Sonetos de Antero (1861), Beatrice e Fiat Lux (1863), Odes Modernas (1865), acompanhadas de uma "Nota sobre a Missão Revolucionária da Poesia". Com a publicação dos opúsculos Bom Senso e Bom Gosto e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, Antero de Quental desencadeou a Questão Coimbrã.
Em 1871, organiza as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, proferindo as duas primeiras, O Espírito das Conferências e Causas da Decadência dos Povos Peninsulares.
Como resposta à proibição das Conferências, consideradas subversivas pelo Governo, Antero funda, com José Fontana, a I Internacional Operária em Portugal e também o jornal O Pensamento Social. Por esta altura, publica as primaveras Românticas e as Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa.
Em 1886, publica os Sonetos Completos e o ensaio A Filosofia da Natureza dos Naturalistas e, em 1890, publica o estudo filosófico Tendências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX. No mesmo ano, em virtude do Ultimato inglês, regressa à atividade pública, aceitando a presidência da efémera "Liga Patriótica do Norte".
Em 1891, suicida-se em Ponta Delgada.

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