domingo, fevereiro 6

Música de intervenção ou canção de protesto?

Depois da recente e polémica apresentação, nos Coliseus do Porto e de Lisboa, de "Que parva que eu sou" do grupo Deolinda, a palavra, como veículo privilegiado de expressar a vontade de uma geração, renasceu.


Eis a letra (as palavras), origem da polémica:

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.

Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração "casinha dos pais",
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração "eu já não posso mais!"
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Para Saber+
Dos Deolinda a Zeca Afonso - Breve história das canções de protesto
[via Blitz]

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