terça-feira, março 8

A não perder!


Propondo “uma reflexão sobre a sociedade actual”, onde “as pessoas são apenas números e estatísticas”, a  “Missa do Galo”, espectáculo inspirado nas antigas missas do galo transmontanas com desgarradas assentes em motes do Evangelho, acompanhadas à concertina (na peça substituídas por canções) “é uma missa sobre a humanidade e a sociedade de consumo”.
O actor António Durães veste a pele de “Galo”, personagem que representa “o Homem que ascendeu ao poleiro da ciência e da tecnologia e que, perante o espelho da sua admirável prosperidade, tem um assomo de melancolia ao perceber que, apesar de ter tudo, continua a padecer da inveja, mesquinhez e ganância”.
Carlos Tê recorre a figuras bíblicas como Lázaro e Job para mostrar que o “Homem não aprende com os seus erros”, pois “a história repete os ciclos de iniquidade”, referindo-se, por exemplo, aos conflitos e guerras no Vietname, Gaza, Balcãs e Ruanda.
Ao longo da missa, o galo é visitado pelos seus fantasmas interiores e acaba por ser transformado em arroz de cabidela, “num sacrifício votivo e solsticial”.
Reservas e informações pelo 22 939 23 20.

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